passou-se um dia inteirinho mas suas horas não conseguiram distanciar a sensação que senti ontem ao receber a ministração da Palavra de Deus, pelo Pr. Bené Gomes. na verdade, parecia mais um bate-papo pela pessoalidade e simplicidade com que passou a mensagem, ainda mais com seu jeito carioca (depois de dez anos no Rio, não tem como não se tornar um), apesar de ser goiano.
quem nunca ouviu as músicas: “Espírito enche a minha vida”, “quem pode livrar como o Senhor”, e tantas outras que nos levam a refletir sobre a pessoa de Deus e o adorá-lo.
são coisas óbvias se pensarmos superficialmente, mas profundas quando buscamos entender o diferencial que algumas pessoas têm em seus ministérios. é evidente que existe uma dedicação maior (tempo, recursos, enfim...), isso com certeza, mas antes disso é preciso ter aprovação de Deus para o serviço, por mais que a pessoa seja excelente músico, sem esse diferencial não “acontece” (acontecer no tocante à liberdade e segurança que se têm estando na posição a qual Deus chamou) .
quando temos certeza de algo, isso nos deixa seguros, não me refiro às preocupações normais como a regulagem do som, essas coisas... que podem ser ajustadas, me refiro à segurança que temos ao nos sentirmos no centro da vontade de Deus, agradando a Ele em obediência, certos de sua aprovação e prontos para servi-lo. pude constatar esse diferencial na vida do Pr. Bené. foi enriquecedor assisti-lo e ao final ser ministrada através da vida dele, que momento! ao final, o Pr. da igreja convidou todos que são envolvidos com louvor, mesmo que fossem de outras igrejas, e eu fominha que sou rs, olhei para minha amiga, nem precisei falar nada... ela logo disse: - tudo bem Paula, já sei, vamos lá... rs. Bené nos falou sobre o que Deus espera de nós, primeiramente uma vida íntegra, que honre a Ele com nosso caráter (nosso testemunho como servos), adoração constante (reflexo da minha vida com Deus) e excelência no tocar, no cantar... se em tudo Deus nos dá o melhor, é o melhor que devemos entregar a Ele. reconheço que preciso buscar essa excelência, oferecer uma Ana Paula melhor, com atitudes melhores, com a voz mais afinada em todos os sentidos rs... a Deus seja o meu melhor!
sem dúvida ouvir conselhos desse servo de Deus, que trás uma bagagem enorme, me acrescentou muito e estimulou a continuar nessa guerra (quem está nela sabe do que estou falando).
enquanto entoava a canção “ao único”, recordei-me de uma experiência forte que tive com Deus através dessa música e acredito que seja muito válido compartilhar aqui. aos dezesseis anos (prefiro não dizer quanto tempo se passou... rs), no início da caminhada no evangelho, eu tinha dificuldades para assimilar o fato de me dirigir a alguém, o qual não pudesse ver, devido a costumes passados não conseguia entender que eu não precisava mais ter uma figura em minha mente para invocar. eu perguntava às pessoas como elas faziam para falar com esse Deus sem tê-lo fotografado na memória, lamentavelmente ouvi muita coisa que hoje me faz entender que muitas pessoas vivem anos em igrejas sem de fato conhecer o Deus a quem servem. então eu busquei resposta na Palavra, orientada por pessoas que considero como pais na fé, fui compreendendo, mas me faltava viver, sentir esse Deus que não se precisa ver...
minha igreja sempre teve um louvor muito bom, excelentes músicos. mesmo antes de conhecer meu ministério, meu coração ardia pelo momento de louvor. foi em minha igreja que aprendi a cantar essa canção... e num dos meus momentos com Deus em meu quarto, após a orar, entoei esse louvor ao Senhor. cantei: - ao único que é digno de receber a honra e a glória, a força e o poder, ao Deus eterno imortal, invisível mas real... ainda me emociono quando lembro da presença que encheu o meu quarto... ajoelhada, senti passos suaves porém muito perceptíveis vindo em minha direção e posicionado-se atrás de mim, me cobrindo (difícil conter as lágrimas...). senti um conjunto de emoções, paz, alegria, temor, e outras que a língua portuguesa não me permite descrever... nesse dia pude de fato compreender um pouco o que é se comunicar com alguém que não se vê com olhos humanos mas que é muito real.
